quarta-feira, 13 de março de 2013

Para mamães de plantão! Seu útero pode programar doenças em seu bebê!

Um recente estudo de revisão publicado no Journal of Pregnancy, conduzido pelo departamento de Biomedicina e Patologia de Virginia/ EUA, mostra evidências de estudos observacionais e experimentais ligando exposições adversas no início da vida uterina, relacionadas a nutrição na suscetibilidade à doenças crônicas na idade adulta. Estes estudos fornecem a base e estrutura para o campo relativamente novo das origens desenvolvimentistas da saúde e da doença (DOHaD).


A prevalência crescente de Síndrome Metabólica, Diabetes, Obesidade, entre outras doenças crônicas não-transmissíveis na idade adulta, apresentam provas crescentes que a exposição intra-uterina é um gatilho para o desenvolvimento destas: geralmente relacionado à resistência a insulina, fluxo excessivo de ácidos graxos saturados e um estado pró-inflamatório crônico.

A hipótese "parcimoniosa de fenótipo" - programação metabólica, colocada por Hales e Barker, propõe que a pobreza da nutrição fetal e pós-natal precoce impõe mecanismos de poupança nutricional sobre o indivíduo em crescimento. Em condições de grave privação intra-uterina, o feto em desenvolvimento pode perder unidades funcionais e estruturais, tais como as células pancreáticas β, néfrons e cardiomiócitos (os estudos mostram que cérebro, rins, pâncreas e coração nos fetos são os mais afetados pela indução de resistência a insulina, devido a má nutrição gestacional).

O "catch up", fase de recuperação de crescimento, geralmente 1 a 2 anos após o nascimento, é um janela terapêutica para reverter a má nutrição gestacional no pós-parto, vulgarmente podemos citar como uma nova reprogramação metabólica. Estudos descobriram que a recuperação do crescimento muitas vezes resulta em excesso de compensação, através do qual o organismo excede o peso normal e muitas vezes tem a deposição de gordura excessiva. Este rápido crescimento excessivo e tem sido associado com o desenvolvimento da obesidade adulta, a resistência à insulina, a síndrome metabólica, diabetes de tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.


O estudo cita outros gatilhos da desnutrição gestacional, como:
- O estresse oxidativo, lesando em especial as células do pâncreas e diminuindo as defesas anti-oxidantes;

- O aumento de glicocorticóides circulantes pelo estresse materno (incluindo restrição de nutrientes, aumento de cortisol), alterando o eixo (HPA - hipófese pituitária adrenal), relacionados com hipertensão na idade adulta e BP (baixo peso ao nascer);

- Alteração do NPY (neuropetídeo Y), leptina, entre outros, modificando apetite e geração de energia fetal relacionados com o excesso de peso materno;

- A epigenética: Um crescente corpo de evidência apoia o papel de que mudanças ambientais induzem  a suscetibilidade a doenças, especialmente com relação a alimentação materna. Por exemplo

A baixa ingestão de proteínas, relacionando-se com resistência insulina, aumento da produção  de colesterol nos fetos/ e o excesso - relacionado com hipertensão dos fetos na idade adulta;

A carência de micronutrientes como Cobre, Zinco, Vitamina E, demonstrou ter reduzido o nível de   atividade de  placenta 11β-hidroxiesteróide-desidrogenase-2, uma enzima que protege o feto da exposição   excessiva aos glicocorticóides maternos/ resultando em alterações de insulina, baixo peso ao nascer e  alteração da pressão sanguínea sistólica logo no pós-desmame (entre outros exemplos de deficiências de micro e macronutrientes na dieta materna e suas consequências para o feto);

Estudos discutidos neste trabalho fornecem evidências de que a dieta da mãe durante a gravidez podem exercer efeitos importantes sobre a saúde de curto e de longo prazo de seus filhos, incluindo a programação da síndrome metabólica. O DOHaD é um campo relativamente novo de pesquisa. Com uma compreensão mais completa do papel da saúde materna e nutrição no início e progressão da síndrome metabólica e outros transtornos, vem a esperança de prevenção de doenças crônicas em seus primórdios.

Referência Bibliográfica:
Bonnie Brenseke, M. Renee Prater, Javiera Bahamonde, and J. Claudio Gutierrez. Current Thoughts on Maternal Nutrition and Fetal Programming of the Metabolic SyndromeJournal of Pregnancy, vol. 2013, Article ID 368461, 13 pages, 2013. doi:10.1155/2013/368461


quinta-feira, 7 de março de 2013

10 motivos para comer alho!

Já dizia sabiamente nossos avós, que alho faz bem a saúde...


Para quem ainda não conhece os benefícios desse bulbo, que pode ser utilizado tanto como tempero para realçar os sabores dos alimentos bem como para fins medicinais, seguem  comprovadamente seus benefícios:


Estão presentes no alho compostos organosulfurados, os quais desempenham atividades benéficas à saúde como a aliina (hipotensora, hipoglicemiante), ajoeno (antiagregante plaquetário), alicina (antibiótica, antifúngica, antiviral), alil-mercaptano (hipocolesterolêmica, hipotensora, antitumoral), dialil-dissulfito (hipocolesterolêmica, antitumoral) e compostos gama-glutâmicos (antioxidante, hipocolesterolêmica, antitumoral)...

Por que consumi-lo?


1)  DIMINUI PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
(incluindo tamanho de células gordurosas, artrite, esteatose hepática (infiltração de gordura no fígado);
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23066854

2) REDUZ PRESSÃO ARTERIAL 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23404465 


3) DIMINUI COLESTEROL E TRIGLICERÍDES
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22713542


4) AUMENTA ATIVIDADE IMUNOLÓGICA 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21168173


5) DIMINUI ESTRESSE OXIDATIVO 
(Efeito anti-aging - previne envelhecimento precoce/ e possui efeito em doenças relacionadas ao estresse oxidativo, como o Alzheimer) 


6) POSSUI ATIVIDADE ANTIPLAQUETÁRIA E TROMBÓTICA 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23438951


7) POSSUI ATIVIDADE ANTI-TUMORAL E ANTI-CARCINOGÊNICA


8) ALIMENTO TERMOGÊNICO
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21918057


9) ALIMENTO DETOXIFICANTE E HEPATOPROTETOR 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22035263

10) AUXILIA NO CONTROLE GLICÊMICO 
(Estudos recentes demonstram que o uso de alho, traz benefícios no tratamento de pacientes diabéticos) 


Espero que você já tenha se convencido de incluí-lo em seu cardápio!


Dica: Use o crú, macerado com azeite extra-virgem e ervas (tomilho e alecrim), completam a ação anti-oxidante! Segue receita.


RECEITA DE AZEITE AROMATIZADO (anti-oxidante)

Ingredientes:
3 ramos de alecrim
3 ramos de tomilho
3 dentes de alho
1/2 col (café) de pimenta-do-reino 
1 col (café) cúrcuma 
1 litro de azeite de oliva extra-virgem


Preparo:

Lavar as ervas e secá-las bem. Descascar o alho, cortar ao meio e macerar levemente. Acrescentar todos os ingredientes ao azeite.

Conservação:

Utilizar preferencialmente frasco escuro (previamente esterilizado). Conservar ao abrigo de luz e calor, e preferencia por tampas herméticas.







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