segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Geração "Fast Food"


Obesidade X Hábitos e cultura

(matéria puplicada no jornal Shema News - 2007)


Com a globalização e a incorporação de novos hábitos “fast foods”, o Brasil e outros países como EUA, Canadá, Austrália, Espanha, China e Reino Unido tem apresentado um aumento constante na prevalência de sobrepeso e obesidade em adultos, e o mais preocupante, em crianças e adolescentes.


Atualmente cerca de 10% da população mundial de crianças e adolescentes (entre 5 – 17 anos) apresentam sobrepeso, sendo que ¼ destas crianças são obesas e apresentam precocemente aumento dos fatores de riscos, tais como: Diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e uma variedade de co-morbidades antes ou durante o começo da vida adulta, segundo dados da IOTF (Força Tarefa Internacional de Obesidade).


Podemos observar o quanto nossas crianças e adolescentes, são persuadidos e seduzidos pelo markenting agressivo de empresas alimentícias que geralmente disponibilizam seus produtos de “baixo valor nutricional” nos comerciais televisivos. Isso pode ser justificado por uma frequência assídua de pelo menos 2 vezes na semana à lanchonetes e restaurantes de “junk foods”, segundo pesquisas recentes.


Outro fator de igual importância, é o aumento do sedentarismo. Estamos cada vez mais habituados ao uso de computadores, controle remotos, telefones sem fio, “comida por telefone” – conhecidos por “delivery” (do inglês, entrega à domícilio), enfim, estamos cada vez mais incorporando hábitos de outras culturas, até quem sabe a extinção do nosso “arroz com feijão” (uma excelente combinação de aminoácidos e carboidrato complexo) , por um amontoado de queijo cheddar e hambúrguer (uma combinação explosiva de colesterol e gordura saturada).


Verifica-se a necessidade de reeducação alimentar desde o processo de desmame no primeiro ano de vida, afirma a nutricionista da Clínica da Mulher & Famíllia, que é responsável pela criação de alguns projetos de reeducação alimentar que envolve famílias e escolas. Infelizmente algumas famílias pecam por falta de informação, e a sua grande maioria por hábitos e rotinas desregrados. É absolutamente possível sentir prazer à mesa, sem culpa e/ou muitas restrições.


Elaine Vital
CRN 15373
Nutricionista e Fitoterapeuta especialista em Adolescência pela Unifesp/EPM


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CHÁS DA MODA



CHÁ VERDE OU BRANCO?

O chá verde e o chá branco são alimentos que têm sido amplamente discutidos pela mídia devido as suas propriedades benéficas. Entretanto, ainda restam muitas dúvidas sobre as diferenças entre estes chás e qual deve ser escolhido para consumo em associação a uma alimentação saudável.


Tanto o chá verde e o chá branco são produzidos a partir de um processo químico de oxidação (incorretamente chamado de fermentação) das folhas de uma planta chamada Camelia sinensis. Entretanto, a diferença entre estes dois chás é que o chá branco é colhido quando as folhas ainda estão bem jovens, ou seja, o que diferencia é quando as folhas desta planta serão colhidas.


As pesquisas indicam que o chá branco, por ter as folhas mais jovens, possui maior concentração de catequinas, que são as principais substâncias ativas do chá branco e do chá verde. Além de possuir maior concentração de catequinas, os estudos indicam que estas catequinas do chá branco são mais ativas que as catequinas de outros chás. Portanto, os estudos sugerem que, por apresentarem essa maior concentração de catequinas, seu efeito é mais potente. Porém, vale ressaltar que os estudos sobre o consumo de chá branco em humanos são escassos.


As catequinas presentes nos chás obtidos da Camelia sinensis são consideradas potentes antioxidantes e antiinflamatórios, pois inibem a ativação do fator NF-kB, que é um ativador da inflamação. Portanto, o consumo regular de chá verde oferece diversos efeitos protetores ao organismo, devido a redução do processo inflamatório de uma maneira geral, auxiliando na prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas como o câncer, diabetes e doenças cardiovasculares, além de poder auxiliar na perda de peso (devido ao seu efeito termogênico comprovado), quando associado a outras mudanças na alimentação e hábitos de vida.

Devido ao chá verde e o chá branco apresentarem concentrações de taninos, que são substâncias que podem inibir a absorção dos outros nutrientes que ingerimos em nossa alimentação, é recomendado que estes chás sejam consumidos longe das principais refeições, para que não ocorra esse prejuízo na absorção dos nutrientes, principalmente do ferro. Além disso, pela presença de cafeína, é importante que esses chás sejam evitados ser consumidos a noite, para não prejudicar o sono. É importante também lembrar que pessoas com pressão alta devem consultar seu médico antes de consumir o chá verde, pois devido a presença da cafeína, pode promover um aumento na pressão sanguínea deste grupo.

Os estudos indicam que o consumo ideal de chá verde para garantir os benefícios das catequinas é de 4-5 xícaras ao dia. Conforme já mencionado, os chás devem ser ingeridos longe das refeições, para não atrapalhar a absorção dos nutrientes, e evitar seu consumo a noite, para não prejudicar o sono, devido a presença de cafeína.
Os chás podem ser preparados em uma quantidade suficiente para ser ingerido ao longo do dia.

* A diluição correta para 1 xícara de água fervida, apenas 2 col (chá) da erva em infusão*
Porém, é importante lembrar que ele nunca deve ser reaquecido. Caso a preferência seja de seu consumo quente, é interessante que ele seja consumido então logo após o seu preparo.
Uma outra opção é misturar com suco de frutas, para aqueles que não apreciam o sabor amargo do chá. Aqui vai uma receita!

Chá verde com abacaxi e cavalinha

(Receita do Programa Get Health - Dra. Vital)
1 col (chá) de chá verde
1 col (chá) de cavalinha
1 fatia de abacaxi
1 col (chá) de mel
1 col (chá) de gengibre
2 cubos de gelo
PS (Meus pacientes adoram essa receita!)

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