segunda-feira, 8 de abril de 2013

MARACUJÁ NA COLHER (Sem açúcar = paladar saudável)




PARA FICAR CALMINHA!



  • Curiosidades: fonte de vitaminas A e C, potássio, cálcio e ferro, e fitoquímicos -passinflorine, licopeno e carotenoides! 



  • Estudos: prevenção Câncer, Hipertensâo, DCV, alterações do sono, desordens nervosas gastrointestinais! 



  • Dicas: escolha frutas grandes, pesadas e firmes. Experimente adicionar nas saladas e sobre frango, peixe ou porco para dar um sabor sutil e exótico! 



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quarta-feira, 13 de março de 2013

Para mamães de plantão! Seu útero pode programar doenças em seu bebê!

Um recente estudo de revisão publicado no Journal of Pregnancy, conduzido pelo departamento de Biomedicina e Patologia de Virginia/ EUA, mostra evidências de estudos observacionais e experimentais ligando exposições adversas no início da vida uterina, relacionadas a nutrição na suscetibilidade à doenças crônicas na idade adulta. Estes estudos fornecem a base e estrutura para o campo relativamente novo das origens desenvolvimentistas da saúde e da doença (DOHaD).


A prevalência crescente de Síndrome Metabólica, Diabetes, Obesidade, entre outras doenças crônicas não-transmissíveis na idade adulta, apresentam provas crescentes que a exposição intra-uterina é um gatilho para o desenvolvimento destas: geralmente relacionado à resistência a insulina, fluxo excessivo de ácidos graxos saturados e um estado pró-inflamatório crônico.

A hipótese "parcimoniosa de fenótipo" - programação metabólica, colocada por Hales e Barker, propõe que a pobreza da nutrição fetal e pós-natal precoce impõe mecanismos de poupança nutricional sobre o indivíduo em crescimento. Em condições de grave privação intra-uterina, o feto em desenvolvimento pode perder unidades funcionais e estruturais, tais como as células pancreáticas β, néfrons e cardiomiócitos (os estudos mostram que cérebro, rins, pâncreas e coração nos fetos são os mais afetados pela indução de resistência a insulina, devido a má nutrição gestacional).

O "catch up", fase de recuperação de crescimento, geralmente 1 a 2 anos após o nascimento, é um janela terapêutica para reverter a má nutrição gestacional no pós-parto, vulgarmente podemos citar como uma nova reprogramação metabólica. Estudos descobriram que a recuperação do crescimento muitas vezes resulta em excesso de compensação, através do qual o organismo excede o peso normal e muitas vezes tem a deposição de gordura excessiva. Este rápido crescimento excessivo e tem sido associado com o desenvolvimento da obesidade adulta, a resistência à insulina, a síndrome metabólica, diabetes de tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.


O estudo cita outros gatilhos da desnutrição gestacional, como:
- O estresse oxidativo, lesando em especial as células do pâncreas e diminuindo as defesas anti-oxidantes;

- O aumento de glicocorticóides circulantes pelo estresse materno (incluindo restrição de nutrientes, aumento de cortisol), alterando o eixo (HPA - hipófese pituitária adrenal), relacionados com hipertensão na idade adulta e BP (baixo peso ao nascer);

- Alteração do NPY (neuropetídeo Y), leptina, entre outros, modificando apetite e geração de energia fetal relacionados com o excesso de peso materno;

- A epigenética: Um crescente corpo de evidência apoia o papel de que mudanças ambientais induzem  a suscetibilidade a doenças, especialmente com relação a alimentação materna. Por exemplo

A baixa ingestão de proteínas, relacionando-se com resistência insulina, aumento da produção  de colesterol nos fetos/ e o excesso - relacionado com hipertensão dos fetos na idade adulta;

A carência de micronutrientes como Cobre, Zinco, Vitamina E, demonstrou ter reduzido o nível de   atividade de  placenta 11β-hidroxiesteróide-desidrogenase-2, uma enzima que protege o feto da exposição   excessiva aos glicocorticóides maternos/ resultando em alterações de insulina, baixo peso ao nascer e  alteração da pressão sanguínea sistólica logo no pós-desmame (entre outros exemplos de deficiências de micro e macronutrientes na dieta materna e suas consequências para o feto);

Estudos discutidos neste trabalho fornecem evidências de que a dieta da mãe durante a gravidez podem exercer efeitos importantes sobre a saúde de curto e de longo prazo de seus filhos, incluindo a programação da síndrome metabólica. O DOHaD é um campo relativamente novo de pesquisa. Com uma compreensão mais completa do papel da saúde materna e nutrição no início e progressão da síndrome metabólica e outros transtornos, vem a esperança de prevenção de doenças crônicas em seus primórdios.

Referência Bibliográfica:
Bonnie Brenseke, M. Renee Prater, Javiera Bahamonde, and J. Claudio Gutierrez. Current Thoughts on Maternal Nutrition and Fetal Programming of the Metabolic SyndromeJournal of Pregnancy, vol. 2013, Article ID 368461, 13 pages, 2013. doi:10.1155/2013/368461


quinta-feira, 7 de março de 2013

10 motivos para comer alho!

Já dizia sabiamente nossos avós, que alho faz bem a saúde...


Para quem ainda não conhece os benefícios desse bulbo, que pode ser utilizado tanto como tempero para realçar os sabores dos alimentos bem como para fins medicinais, seguem  comprovadamente seus benefícios:


Estão presentes no alho compostos organosulfurados, os quais desempenham atividades benéficas à saúde como a aliina (hipotensora, hipoglicemiante), ajoeno (antiagregante plaquetário), alicina (antibiótica, antifúngica, antiviral), alil-mercaptano (hipocolesterolêmica, hipotensora, antitumoral), dialil-dissulfito (hipocolesterolêmica, antitumoral) e compostos gama-glutâmicos (antioxidante, hipocolesterolêmica, antitumoral)...

Por que consumi-lo?


1)  DIMINUI PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
(incluindo tamanho de células gordurosas, artrite, esteatose hepática (infiltração de gordura no fígado);
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23066854

2) REDUZ PRESSÃO ARTERIAL 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23404465 


3) DIMINUI COLESTEROL E TRIGLICERÍDES
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22713542


4) AUMENTA ATIVIDADE IMUNOLÓGICA 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21168173


5) DIMINUI ESTRESSE OXIDATIVO 
(Efeito anti-aging - previne envelhecimento precoce/ e possui efeito em doenças relacionadas ao estresse oxidativo, como o Alzheimer) 


6) POSSUI ATIVIDADE ANTIPLAQUETÁRIA E TROMBÓTICA 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23438951


7) POSSUI ATIVIDADE ANTI-TUMORAL E ANTI-CARCINOGÊNICA


8) ALIMENTO TERMOGÊNICO
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21918057


9) ALIMENTO DETOXIFICANTE E HEPATOPROTETOR 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22035263

10) AUXILIA NO CONTROLE GLICÊMICO 
(Estudos recentes demonstram que o uso de alho, traz benefícios no tratamento de pacientes diabéticos) 


Espero que você já tenha se convencido de incluí-lo em seu cardápio!


Dica: Use o crú, macerado com azeite extra-virgem e ervas (tomilho e alecrim), completam a ação anti-oxidante! Segue receita.


RECEITA DE AZEITE AROMATIZADO (anti-oxidante)

Ingredientes:
3 ramos de alecrim
3 ramos de tomilho
3 dentes de alho
1/2 col (café) de pimenta-do-reino 
1 col (café) cúrcuma 
1 litro de azeite de oliva extra-virgem


Preparo:

Lavar as ervas e secá-las bem. Descascar o alho, cortar ao meio e macerar levemente. Acrescentar todos os ingredientes ao azeite.

Conservação:

Utilizar preferencialmente frasco escuro (previamente esterilizado). Conservar ao abrigo de luz e calor, e preferencia por tampas herméticas.







segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ATENÇÃO AOS PAIS! Seriam os conservantes, as gorduras saturadas e trans, os corantes dos fast foods que influenciam processos alérgicos em crianças?


Fast foods podem causar asma, rinoconjuntivite e eczema? 
Achados do Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância – Fase III


*Comer fast-food 3 x/semana pode levar crianças a contrair asma ou eczemas, segundo  pesquisa que analisou padrões de dietas e doenças em 500 mil crianças de mais de 50 países.

Certos alimentos podem aumentar ou diminuir o risco de desenvolvimento da asma, rinoconjuntivite e eczema. 

Neste estudo, foi explorado o impacto da ingestão de certos tipos de alimentos sobre as doenças acima citadas, no Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância – Fase III (Phase Three of the International Study of Asthma and Allergies in Childhood). 

Questionários sobre a prevalência dos sintomas de asma, rinoconjuntivite e eczema, e sobre a frequência e tipos de alimentos ingeridos nos últimos 12 meses foram preenchidos por adolescentes com idades entre 13-14 anos e pelos pais de crianças com idades entre 6-7 anos.

A taxa de probabilidade (TP) foi estimada por meio de regressão logística, ajustando para potenciais confundidores, e de um modelo misto de efeitos aleatorizados. 

Como resultado, foi encontrado que as crianças e adolescentes apresentaram um potente efeito protetor na incidência de asma severa com o consumo de frutas ≥ 3 vezes/ semana (TP 0,86, IC 95% 0,76-0,97; TP 0,89, IC 95% 0,82-0,97, respectivamente). Esses efeitos estão relacionados ao conteúdo de antioxidantes e componentes bioativos que reduzem os efeitos negativos do consumo das fast foods.

LEMBRANDO: A recomendação é 3-5 porções DIÁRIAS de frutas!

No estudo, também pode ser observado um risco aumentado de asma severa nas crianças e adolescentes com o consumo de fast foods ≥ 3 vezes/semana bem como um aumento do risco de rinoconjuntivite severa e eczema severo- cerca de 39% mais riscos de sofrer de asma severa no início da adolescência,  e crianças entre seis a sete anos, tinham 27% a mais de chances de sofrer dessa condição. Padrões similares para ambas faixas etárias foram observados para as análises regionais, e foram consistentes com gênero, classe econômica e sintomas atuais destas três condições. 

As conclusões, publicadas na revista especializada Thorax, afirma que alimentos do tipo fast-food contêm altas doses de gordura TRANS, conhecidos por afetar a imunidade. E em determinados casos, alimentos como leite bovino, ovos, peixe, mariscos, produtos de levedura, nozes e alguns corantes e conservantes, podem agravar os sintomas.



Fonte: VP Consultoria/ BBC Brasil

Referência bibliográfica:
ELLWOOD,P; ASHER, M.I.; GARCIA-MARCOS, L. et al. Do fast foods cause asthma, rhinoconjunctivitis and eczema? Global findings from the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) Phase Three. Thorax; 2013.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Se você come frequentemente pipoca de microondas... CUIDADO!


CONSUMO DE FLAVORIZANTES E RISCO DE ALZHEIMER -
Especial Atenção: manteiga utilizada nas pipocas de micro-ondas


Texto elaborado pelo Depto.Científico da VP Consultoria Nutricional 


O diacetil (2,3-butanodiona) é uma a-dicetona presente naturalmente na manteiga e em uma variedade de alimentos, incluindo produtos lácteos e bebidas alcoólicas, como produto de fermentação bacteriana1. As indústrias de sabores produzem formulações concentradas de diacetil, usado principalmente como aditivo aromatizante de manteiga em pipocas de micro-ondas2. Além disso, também é encontrado no tabaco e utilizado por indústrias como reagente analítico, antimicrobiano e como material de partida para síntese química. Assim, há uma preocupação significativa quanto à exposição humana ao diacetil1. 

A inalação de vapores de diacetil e aromatizantes de manteiga pode causar uma variedade de doenças respiratórias (anormalidades da espirometria - obstrução do fluxo aéreo) tanto naqueles que trabalham em indústrias que utilizam os mesmos quanto nos consumidores, incluindo a bronqueolite obliterante (BO), uma doença pulmonar irreversível, rara e grave3-9. 

Em um estudo realizado por Rigler e colaboradores5, foram testados três manteigas naturais e aromatizantes artificiais de manteigas em pipoca de micro-ondas (três pós, duas pastas e um líquido) para avaliar a concentração de diacetil em massa e quando aquecidos. A manteiga líquida e as pastas continham a maior quantidade (6 a 10,6%), enquanto a manteiga natural possuía 7500 vezes menos diacetil. Todos os aromas artificiais de manteiga emitiram diacetil, porém os pós secos emitiam até 1,62ppm de diacetil; os pós úmidos até 54,7ppm e as pastas até 34,9 ppm. A manteiga líquida emitiu até 17,2ppm. As misturas de aromas de pipocas de micro-ondas emitiram até 11,4ppm. Pelo menos, 93% das partículas de pós secos foram inaláveis. Isto mostra que os aromatizantes de manteiga utilizados em pipocas para micro-ondas geram concentrações de diacetil no ar suficientes para colocar em risco os indivíduos expostos5. 

Um nível seguro de exposição ao diacetil não foi estabelecido. Alguns estudos propuseram um limite de exposição em 0,2ppm. Porém, foram encontrados em análises, níveis seguros de exposição em torno ou abaixo de 1ppb para um tempo de 8 horas3. 

O diacetil influencia vários aspectos da agregação da proteína ß-amiloide (Aß), uma das principais alterações associadas com a doença de Alzheimer. A fluorescência da tioflavina T e medições espectroscópicas de dicroísmo circular revelou que o diacetil acelera a agregação Aß1–42 em análises solúveis e insolúveis de estruturas ß-plissadas. O diacetil se liga covalentemente a Arg5 da Aß1–42 através de digestão proteolítica em experimentos de espectrometria. O diacetil também inibe a glicoxalase I, o iniciador primário de detoxificação da amiloide, promovendo espécies que são geradas naturalmente em grande quantidade pelo tecido neuronal. Portanto, a exposição crônica ao diacetil pode, em longo prazo, levar à toxicidade neurológica, aumentando o risco de desenvolvimento de Mal de Alzheimer10. 

Referências Bibliográficas:
1. MATHEWS, J.M; WATSON, S.L.; SNYDER, R.W. et al. Reaction of the Butter Flavorant Diacetyl (2,3-Butanedione) with N-a-Acetylarginine: A Model for Epitope Formation with Pulmonary Proteins in the Etiology of Obliterative Bronchiolitis. Agric Food Chem; 58(24): 12761–12768, 2010.
2. LOCKEY, J.E.; HILBERT, T.J.; LEVIN, L.P. et al. Airway obstruction related to diacetyl exposure at microwave popcorn production facilities. Eur Respir J; 34: 63–71, 2009. 
3. EGILMAN, D.S.; SCHILLING, J.H.; MENENDEZ, L. A proposal for a safe exposure level for diacetyl. Int J Occup Environ Health; 17(2):122-34, 2011. 
4. EGILMAN, D.S.; SCHILLING, J.H. Bronchiolitis obliterans and consumer exposure to butter-flavored microwave popcorn: a case series. Int J Occup Environ Health; 18(1):29-42, 2012. 
5. RIGLER, M.W.; LONGO, W.E. Emission of diacetyl (2,3 butanedione) from natural butter, microwave popcorn butter flavor powder, paste, and liquid products. Int J Occup Environ Health; 16(3):291-302, 2010.
6. CAVALCANTI, Z.D.; ALBUQUERQUE FILHO, A.P.; PEREIRA, C.A. ET al. Bronchiolitis associated with exposure to artificial butter flavoring in workers at a cookie factory in Brazil. J Bras Pneumol; 38(3):395-399, 2012.
7. KOVACIC, P.; COOKSY, A.L. Electron transfer as a potential cause of diacetyl toxicity in popcorn lung disease. Rev Environ Contam Toxicol; 204:133-48, 2010.
8. HARBER, P.; SAECHAO, K.; BOOMUS, C. Diacetyl-induced lung disease. Toxicol Rev; 25(4):261-72, 2006.
9. VAN ROOY, F.G.; SMIT, L.A.; HOUBA, R. ET AL. A cross-sectional study of lung function and respiratory symptoms among chemical workers producing diacetyl for food flavourings. Occup Environ Med; 66(2):105-10, 2009.
10. MORE, S.S.; VARTAK, A.P.; VINCE, R. The Butter Flavorant, Diacetyl, Exacerbates ß-Amyloid Cytotoxicity. Chem Res Toxicol; 2012 Jul 6. 

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